terça-feira, 18 de maio de 2010

Castigo

Não, dormir no sofá  não adianta!
Perderá o pinto embaixo do edredon.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Sutiã

(Carla Bruni e seu não sutiã)

As mulheres já não usam sutiã, foram queimados, mas os homens ainda gostam da cinta liga.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Segredos

 Os segredos de Renata estavam guardados no porta-jóias. Escuridão, pérolas, coração. Tudo protegido por escorpiões.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

As outras

Por: Alan Carline
Renata não deixaria que outra mulher desconfiasse da dor que sentia. Preferia transparecer sua felicidade, não que fosse uma tentativa de esconder algo, exaltava o que vivia com devoção. Instinto de proteção.
Do ponto de vista de Renata, Otavio, desperta nas outras um tipo de admiração espontânea. Por outro lado, as outras sentem o desejo de chamar sua atenção ou provocar nele algum tipo de interesse. As outras, mulheres, são repetitivas em seus truques, que se reduzem em olhares e demonstração de proximidade por valores e gostos.
Ele nega, ela se auto-engana.
Renata prefere lembrar ou comentar dos livros que leu ou faz tratados a respeito da arte no século XX.
As outras despertam nela a certeza da crueldade dos homens.
Passa pela sua cabeça a lembrança do conto da bela adormecida, quando liam pra ela quando criança, e que sua filha também adora.
Mas Renata não se pergunta: Quem é a Bela adormecida?
É mulher que espera um homem despertá-la e pra quê? Pra dominar suas vontades. Talvez.
Antes disso eles fazem juízos de valores, analisando-as, e por fim, uma entre tantas é a escolhida, precisa de um beijo. Depois de escolhida, a vítima vê em outras uma potencial inimiga.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Amor

Quase silêncio, no meio da tarde, corpos entrelaçados dizem tudo.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Perfil

Perfil
Ela não imaginava o que provocava entre os homens. Não desconfiava dos olhares que atraia, sempre, repletos de interesse e curiosidade. Não se permitia adimirá-los, apenas, aceitaria ser cortejada. Mas sabia envolvê-los com sua delicadeza ingênua.
No simples fato de beber uma xícara de café ou chá, notava-se algo peculiar.
Mantinha um olhar baixo e bebia como se aquilo fosse um cálice sagrado, além disso, deixava uma inconfundível marca de batom. Passava a impressão de possuir uma espécie de vaidade involuntária, com tal marca deixada sem querer. Marca que foi deixada nos colarinhos de rapazes e namorados que a interessavam.
Por um longo tempo Otavio circulou com marcas no colarinho e também no pescoço. Era uma demonstração, cínica e delicada, de dominação. Essa é Renata.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Pequeno mito da Cinderela.

Renata, era um exemplo comum de mulheres, não é a toa que seu nome era Renata , a que renasceu. Ser mulher é algo como isso, nascer pra uma mulher é a possibilidade de dar a luz à outro, nascer mulher é ter a possibilidade de renascer como mãe. É um trabalho árduo. E que para piorar pode ser como você: mulher.
Renata, exemplo límpido de mulher, cresceu, como muitas daquelas que crescem, acreditando que haveria alguém mais forte para protegê-la. Casou-se , virgem, teve filhos. Mas, com o fim de seu casamento, ela se deparou com uma nova realidade - agora precisava assumir novas responsabilidades, e agora, sozinha cuidar de si mesma.
Aflições?Dúvidas?! Seria possível, ou a cada momento de angustia imaginaria um príncipe encantado que montado em um cavalo branco pudesse lhe salvar ?
Talvez, mas o mais importante para ela foi descobrir que a rejeição mesmo que inconsciente de suas responsabilidades é que faziam-na sonhar que seus problemas seriam solucionados como nas histórias de "Era uma vez..."

domingo, 25 de outubro de 2009

Tire sua calcinha da janela, pois toda vez que vejo ela , me lembro de você sem ela.




"Me rendo,
Me rendo,
remendo
mas, nada como
calcinha de renda"

"Que fera
eu tinha,
nada como
calcinha de oncinha"
Alan Carline

"Tremendo, gemendo
Algema
gema, gema,
Alcaparra,
para
para
não para, não para."

"Oncinha pintada, ursinho peludo."

"Dezoito, dez menos que eu, peitos menores que os meus
vc usa sutiã? "

"O que há na Boca se não o beijo? Peça de carne altura desejo centro do abraço, eixo, simétrico entre sinapse e pêlo.
Não, são rijos "

"Pupilas são ventosas geométricas porções gostosas meta mínima sinapse que goza "

"Me lembra tua cintura o molejo colchão novo"
pra que dormir? eu durmo pra não ter sono"

Ale Toresan

Menina de saia, cruza perna,
Menino de bicicleta, beija chão.
(arrebatando o garoto)

Bia Pupin

De camisola pela casa ou camisola pela casa...

Feita de fio que é capaz de modelar, de um sedoso atrevido, rendas, um pequeno laço do lado esquerdo, do lado direito nada de laços, e sim, mais pano, um charmoso, engana papai.
Os que visitaram o toalete com a camisola, indelicadamente ali esquecida, agora a tem como personagem de desfrute da imaginação.
Os rumores que acompanham a febre do corpo estão na fantasia da mente. Em parte ou inteiro, estarão aqui. Afinal de contas, quando é que seremos livres para dizer o que se quer? Peço aos outros, ou a você, não me proíba! Assim como, faria com você.