quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Segredos

 Os segredos de Renata estavam guardados no porta-jóias. Escuridão, pérolas, coração. Tudo protegido por escorpiões.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

As outras

Por: Alan Carline
Renata não deixaria que outra mulher desconfiasse da dor que sentia. Preferia transparecer sua felicidade, não que fosse uma tentativa de esconder algo, exaltava o que vivia com devoção. Instinto de proteção.
Do ponto de vista de Renata, Otavio, desperta nas outras um tipo de admiração espontânea. Por outro lado, as outras sentem o desejo de chamar sua atenção ou provocar nele algum tipo de interesse. As outras, mulheres, são repetitivas em seus truques, que se reduzem em olhares e demonstração de proximidade por valores e gostos.
Ele nega, ela se auto-engana.
Renata prefere lembrar ou comentar dos livros que leu ou faz tratados a respeito da arte no século XX.
As outras despertam nela a certeza da crueldade dos homens.
Passa pela sua cabeça a lembrança do conto da bela adormecida, quando liam pra ela quando criança, e que sua filha também adora.
Mas Renata não se pergunta: Quem é a Bela adormecida?
É mulher que espera um homem despertá-la e pra quê? Pra dominar suas vontades. Talvez.
Antes disso eles fazem juízos de valores, analisando-as, e por fim, uma entre tantas é a escolhida, precisa de um beijo. Depois de escolhida, a vítima vê em outras uma potencial inimiga.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Amor

Quase silêncio, no meio da tarde, corpos entrelaçados dizem tudo.