segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Perfil

Perfil
Ela não imaginava o que provocava entre os homens. Não desconfiava dos olhares que atraia, sempre, repletos de interesse e curiosidade. Não se permitia adimirá-los, apenas, aceitaria ser cortejada. Mas sabia envolvê-los com sua delicadeza ingênua.
No simples fato de beber uma xícara de café ou chá, notava-se algo peculiar.
Mantinha um olhar baixo e bebia como se aquilo fosse um cálice sagrado, além disso, deixava uma inconfundível marca de batom. Passava a impressão de possuir uma espécie de vaidade involuntária, com tal marca deixada sem querer. Marca que foi deixada nos colarinhos de rapazes e namorados que a interessavam.
Por um longo tempo Otavio circulou com marcas no colarinho e também no pescoço. Era uma demonstração, cínica e delicada, de dominação. Essa é Renata.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Pequeno mito da Cinderela.

Renata, era um exemplo comum de mulheres, não é a toa que seu nome era Renata , a que renasceu. Ser mulher é algo como isso, nascer pra uma mulher é a possibilidade de dar a luz à outro, nascer mulher é ter a possibilidade de renascer como mãe. É um trabalho árduo. E que para piorar pode ser como você: mulher.
Renata, exemplo límpido de mulher, cresceu, como muitas daquelas que crescem, acreditando que haveria alguém mais forte para protegê-la. Casou-se , virgem, teve filhos. Mas, com o fim de seu casamento, ela se deparou com uma nova realidade - agora precisava assumir novas responsabilidades, e agora, sozinha cuidar de si mesma.
Aflições?Dúvidas?! Seria possível, ou a cada momento de angustia imaginaria um príncipe encantado que montado em um cavalo branco pudesse lhe salvar ?
Talvez, mas o mais importante para ela foi descobrir que a rejeição mesmo que inconsciente de suas responsabilidades é que faziam-na sonhar que seus problemas seriam solucionados como nas histórias de "Era uma vez..."